Confusão
Guardo as memórias no travesseiro, sufocando as dores de outros tempos, os calos de pés descalços e a petulância dos meus quinze anos... Abraço o travesseiro em busca dela, sou uma latitude equatorial para a saudade. Nessa cidade de poetas fingidos e olhos esbugalhados de tanto horror, minha paz mora no centro... Descanso nas reticências, fecho os olhos nas vírgulas, adormeço no ponto final. O sonho que persegue é um fiapo de precisão, um flash estupendo de coesão na minha confusa mente, doentia, tens de mim a melodia dos calados. Minha mudez momentânea é a profusão de uma virada louca, que em breve se realizará. É mentira a tortura das nuvens antes da tempestade, que se vá tudo, é a liberdade que almejo! E ela eu hei de ter.
Mentindo para mantermo-nos mantemo-nos.
ResponderExcluirGK
Matei-me vezes demais para mentir.
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