Marionete Kalashnikov
Dedo no gatilho, puxe!
Cemitério, vala coletiva, lixão.
Pranto? Velas? Flores?
Hilaridade inculta ou aristocrata
As cartolas capitalistas são erguidas
Em aplauso.
Clap, clap, clap, clap...
As legiões de facínoras hipnotizados pela errônea fé em uma níquel santo
Um altíssimo inventado
Um furor despropositado
Marcham em sincronia
Entoando cânticos operísticos, de desígnio belígero
Para a blasfêmia suprema
São as marionetes Kalashnikov
Rumo a destruição
100 milhões armas
O ak é a lei, nosso critério
Preparar
Atirar
Fogo!
Cai um menino no chão. Bala na cabeça. Perdida. Morte cerebral em três dias.
Minhas mais sinceras condolências.
Não estamos seguros. Nem na sala de nossas casas...
ResponderExcluirInfelizmente, Ami. Gostei de você ter ligado o poema aquele terrível acontecimento.
ExcluirObrigada pela leitura. Volte sempre.
LUA DE CARMIM,
ResponderExcluirchego até você através do blog da Helena Rodrigues e gostaria imensamente de poder compartilhar meus blogues com você também!
Neste singular momento poético, aqui mostrado, você emoldura de forma admirável a brutalidade que boa parte daqueles chamados seres humanos, adotaram para si.
Ficamos menores,estamos exaurindo nossa humanidade herdada, viramos coisa qualquer em qualquer lugar onde possa haver uma bala que acha nosso corpos.
Matem, pois a impunidade vem de cima, parece ser a voz geral da bandidagem descrente que ainda existam homens de bem dispostos a lutar contra eles.
O meu Rio de Janeiro é a mais execrável destas amostragem trágicas que pululam pelo Brasil de que, o bem está sendo derrotado!
Espero por você nos meus blogues e um abração carioca.
Muito obrigada pela visita e pela leitura. Este foi exatamente o sentimento que eu quis passar com o poema, o de descaso e insegurança (a ponto de ser possível sermos mortos dentro de casa). Creio que ainda somos capazes de resistir, e venho acompanhando a atual situação do Rio de Janeiro, inclusive, escrevi um poema sobre o tema que logo irei publicar. Certamente visitarei seu blog! Mas uma vez, muito obrigada, volte sempre.
ExcluirInjustiças do dia-a-dia cada vez mais violento. E o problema não está apenas nas armas...
ResponderExcluirO problema realmente está muito além disso, infelizmente somos cercados de abordagens reducionistas acerca do tema.
ExcluirObrigada pela leitura, volte sempre.