Clichê apaixonado

maio 31, 2017
Meu músculo vital pulsa, manipulável no espaço entre amantes, ele é passível de mortes sucessivas e até não intencionais, é um suicida inconsequente, amargurado pelas trevas dessa juventude embriagada de fantasia_ na fumaça de um cigarro ou num gole de anoitecer. Meu coração, dividido em pedaços, estraçalhado, digo, em frangalhos, recolhe-se para a única alegria distante da mortandade de seus irmãos gêmeos. Ah o amor, me entrego ao teu calor, tua doçura instantânea, me entrego às tuas mãos macias, a tua reciprocidade imaculada. Mantenha-me como uma inocente ninfa nos olímpos de minha vida. Pois tu não és, amor, não és aquilo que te chamam os decrépitos e viciados românticos,contaminados do sofrimento vil, da indecisão entre ser eterno ou ser passageiro, pois amor tu és maior que tudo isto. És maior que a dor de um caixão, do que um continente,do uma troca de olhares desconhecidos, do que uma traição, uma indiferença. Amor... Tu és grande para caber o mundo inteiro em teus braços, os seres humanos é que se imaginam maiores e se dizem incapazes do mais belo dos atos: amar...

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